Até a leitura do livro e na mudança para São Paulo, veio a primeira semana, eu não podia ir para casa. Então fiquei o primeiro final de semana com minha amiga e o marido dela, que também é meu amigo... adorei, fomos ver o show do Gilberto Gil, mas no fundo toda minha vontade era me trancar e chorar, ainda sem saber porque. Eu achava que estando com ela, que sempre foi pra cima, alegre, iria melhorar, e isso não aconteceu... lembro que cheguei a levar o livro para a casa dela e a cada parágrafo que lia me identificava e chorava mais, batia um desespero. Eu escondia, ia para o quarto, banheiro, cozinha, parava de ler para eles não verem... e claro que eu não conseguia esconder, por mais que eu quisesse parecer forte. Os dois me deram um apoio que não teve preço... só tenho a dizer obrigada a vocês, e desculpas pela decepção que gerei... lembro que naquele final de semana, dormi de sábado para domingo com eles. Só consegui dormir a base do vinho, pq senão teria virado mais aquela noite acordada. No sábado sai com meu primo durante o dia, tudo que eu queria era manter meu dia ocupado... naquele momento eu já estava com medo de tudo, pânico de sair sozinha na rua, aliás, ainda estou tratando isso... todo anoitecer era um desespero. Naquele domingo, fiz meus amigos me levarem na casa da minha tia, eu tinha medo de andar sozinha a noite, num domingo, em São Paulo. Depois que fui ver, esse medo não era só lá, era em qualquer lugar depois de anoitecer... a nessa semana, foi dia das mães no domingo, eu me sentia ainda pior por estar longe da minha mãe, aliás, dos meus pais, e ao mesmo tempo sentir falta do colo deles e saber também que eles sofriam preocupados comigo, eles sabiam que eu não estava bem...
Na segunda semana, eu trabalhei normal, mas cada dia que passava eu chorava mais, e cada hora que meus pais me ligavam mais ainda eu chorava. Me magoava ainda mais pq minha tia mandava eu engolir o choro, que isso era coisa de criança. Eu concordava com ela, mas não entendia pq acontecia... então no segundo final de semana minha mãe foi até São Paulo, achando que era saudade, pq com a presença dela eu poderia me sentir melhor, né? Mas eu continuava mal, ela estava na sala conversando e eu ainda tinha vontade de chorar, ficar trancada, o que muito fiz... quando minha mãe foi embora eu achava que meu mundo ia acabar, me dava um desespero, me sentindo sozinha, abandonada, por mais que eu soubesse que não era verdade, assim eu me sentia... minha vontade era desabafar, mas falar o que? Que eu reconhecia que estava doente? Ela ia me fazer largar tudo e isso era o que eu não queria...
Na outra semana (3ª), foi o limite. Quanto mais escuro o ambiente, mais depressiva eu ficava e pensava mais bobeiras, cheguei a pensar em fugir, me matar, sair na rua gritando, largar tudo e xingar todos que estavam em volta. As pessoas eram burras, não entendiam o que eu explicava e eu estava sem paciência. Bem, nessa fase, eu fui encaminhada para trabalhar na Zona Norte, perto da casa da minha amiga, fiquei feliz e triste, como eu disse aquela colega de trabalho falou que eu peguei o lugar com o cliente, que aquele já era cliente dela... neste cliente, o ambiente era fechado, eu tinha que fazer o horário da empresa, sair 6hs de casa e chegar quase 21hs... minha amiga chegou a oferecer de eu ficar na casa dela que era do lado do cliente. Mas eu não quis, já tava com vergonha, medo e me sentia menos protegida na casa dela, pois eu teria que ficar algum tempo sozinha... nesta semana eu trabalhei 2ª, 3ª e 4ª... na 5ª era feriado, e eu já tinha horas extras para tirar, pedi meu gerente para enforcar a 6ª feira. Ele autorizou. Contei a minha amiga e ela me condenou muito por causa disso... mas eu precisava deste momento, acho que já tinha chegado no meu limite... eu só sabia chorar... e sem saber o pq...
Na segunda semana, eu trabalhei normal, mas cada dia que passava eu chorava mais, e cada hora que meus pais me ligavam mais ainda eu chorava. Me magoava ainda mais pq minha tia mandava eu engolir o choro, que isso era coisa de criança. Eu concordava com ela, mas não entendia pq acontecia... então no segundo final de semana minha mãe foi até São Paulo, achando que era saudade, pq com a presença dela eu poderia me sentir melhor, né? Mas eu continuava mal, ela estava na sala conversando e eu ainda tinha vontade de chorar, ficar trancada, o que muito fiz... quando minha mãe foi embora eu achava que meu mundo ia acabar, me dava um desespero, me sentindo sozinha, abandonada, por mais que eu soubesse que não era verdade, assim eu me sentia... minha vontade era desabafar, mas falar o que? Que eu reconhecia que estava doente? Ela ia me fazer largar tudo e isso era o que eu não queria...
Na outra semana (3ª), foi o limite. Quanto mais escuro o ambiente, mais depressiva eu ficava e pensava mais bobeiras, cheguei a pensar em fugir, me matar, sair na rua gritando, largar tudo e xingar todos que estavam em volta. As pessoas eram burras, não entendiam o que eu explicava e eu estava sem paciência. Bem, nessa fase, eu fui encaminhada para trabalhar na Zona Norte, perto da casa da minha amiga, fiquei feliz e triste, como eu disse aquela colega de trabalho falou que eu peguei o lugar com o cliente, que aquele já era cliente dela... neste cliente, o ambiente era fechado, eu tinha que fazer o horário da empresa, sair 6hs de casa e chegar quase 21hs... minha amiga chegou a oferecer de eu ficar na casa dela que era do lado do cliente. Mas eu não quis, já tava com vergonha, medo e me sentia menos protegida na casa dela, pois eu teria que ficar algum tempo sozinha... nesta semana eu trabalhei 2ª, 3ª e 4ª... na 5ª era feriado, e eu já tinha horas extras para tirar, pedi meu gerente para enforcar a 6ª feira. Ele autorizou. Contei a minha amiga e ela me condenou muito por causa disso... mas eu precisava deste momento, acho que já tinha chegado no meu limite... eu só sabia chorar... e sem saber o pq...
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